Enfim falei de você.


Dessa vez eu senti uma vontade absurda de pegar o telefone, e ouvir sua voz.
Achei que já havia passado dessa fase, afinal já nos encontramos por aí e foi como que nada houvesse entre nós a não ser o silêncio do pensamento e a adrenalina do coração, de encontrar alguém que te conhece tanto, conhece tanto o seu intimo e se fazer um desconhecido.
Eu sei que já não sinto falta de sua presença romântica, às vezes sinto falta de nossa alegria, nossa amizade, nossa chatice, mas não passava disso.
Hoje por algum motivo eu senti falta daquele abraço que dávamos um ao outro quando algo não estava bem, quando algo está ótimo, quando tínhamos medo.
Eu nunca quis o seu mal, mesmo sabendo que foi-me feito mal querendo seu bem. 
Hoje talvez eu tenha sentido isso, porque você também possa ter sentido. Nós sempre  sabíamos quando um precisava do outro, como que algo místico, algo do outro mundo.
Estranho pensar, sentir  isso depois de toda a história de conto de fadas que virou filme de terror dos mais violentos.  Não guardo mais lembranças, consigo encarar seus amigos, suas fotos e seus romances com maturidade, não tenho mais seu número de telefone, mas ele existe na minha memória, assim como cada sentimento que tive e que já não possuo mais.
Mas essa sensação é algo que me incomodou... 

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