Solidão - dos tempos modernos



Escorre entre os dedos, lampeja despedida
abraça apertado e recolhe-se na ausência.
Senhores, eu falo de solidão, não esta de estar sozinho
Mas aquela de dar nó no peito

De gargalhar os desesperos com amarras na cintura
De chafurdar nos escombros do eu encoberto de felicidade
Idade, sufixo que nos ensina a ganhar tempo e a disfarçar a solidão

Essa que bate a ausência do som, no desalento da modernidade
prezo nas telas de um aparelho eletrônico qualquer que desnuda a
falta de coragem dos homens, lá onde tudo pode ser dito, engolido
Cuspido e escarrado como o espelho que vos persegue

É solidão que desagua sem eira nem beira
Que afeta a vista, os ouvidos e prende a boca
Que escorre pelos dedos em forma de palavras (eruditas ou não)

Dessa coisa meu amigo, só posso vos dar um conselho:
Abra a janela antes que seja só destruição, porque a guerra lá de fora
Não é maior que essa que a gente tem por dentro, essa de perder a
Mão. 

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