Essa coisa de Ano Novo
Está tudo começando de novo.
Mas cadê o começo ?
Pareço mais um insensível e nem percebo.
Um ano se foi e outro se inicia, mas e daí ?
Não foi o que eu sonhei, e nem sei se um dia será, ou será ?
Será que este ano vai dar certo ?
Será que este ano eu vou fazer ser o que não fui, ou serei o
que não quis ser ?
Diante de tanto medo ,
diante do inserto, o que me resta é aproveitar o agora.
O instante sem pensar na saudade, sem pensar no apego, sem
pensar em ir muito longe, porque o que vem lá na frente é muito distante para entender.
Colhemos o que plantamos, sim concordo, mais as plantas
nascem diferentes uma, das outras, posso plantar e a planta morrer, não porque não reguei e
cuidei o suficientes, mas porque ela nunca quis viver.
Posso cultivar o bem e criar uma má planta, cansada de ver
tanta felicidade e amor, ela pode escolher saborear o que é mal.
Nada é tão coerente na vida como o hoje, só o hoje define o
hoje e amanhã já será outro hoje , onde eu posso viver sem olhar o ontem e
pensar no futuro.
Sejamos francos, o ano mal começou e eu nem percebi, mal
tive tempo para pensar, para festejar, mas afinal festejar o que ? O fato de
ter sobrevivido a vida ? Ora então não preciso de um novo ano para isso, vou
festejar quando eu bem entender, quando eu estiver feliz de verdade, com gente
que amo de verdade, com quem me traz sorrisos de verdade, cansei desse mundo
de falsidade, onde nem se quer podemos
nos conhecer.
Como diria Cecilia Meirelles, em que espelho ficou perdido
minha face ?
Complicado dizer , em um mundo onde a plástica se tornou
rotina.
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