TERMINOU

 Eu acho que eu tenho evitado estar aqui. Tenho evitado dizer para mim mesmo o que de fato eu preciso ouvir. Aquilo que todo mundo já sabe, mas eu fico tentando enfeitar. 

ACABOU. 

Eu sei que o fim está aqui na minha cara estampado em tudo que eu vivo. Eu sei que eu tenho me aberto para o novo. Eu sei que eu tenho tentando fugir de mim, de que um dia foi nós. Aí que está, não tem mais nós. Os nós foram desatados. Estão todos soltos sobre a mesa e eu posso ver cada um deles que desatou. Consigo, hoje, entender cada pedacinho deles, cada palavra, cada ação, cada sentimento que vivi. 

Eu tô diante do novo, de novo. E no novo eu me questiono do porque de tantos medos da solidão, do abandono. Eu erro comigo por saber o que mereço e permitir menos. Eu pareço forte, resistente, mas eu sou feito de gesso, me desmancho, sou frágil. Eu queria mudar a lógica dos meus sentimentos/pensamentos só para me ver assim, de longe, errando com medo dos erros. 

O momento agora é de inovação. Eu estou sim me permitindo, vivendo, sentido, deixando de lado os "eus" do passado e reconstruindo um eu que muita gente acredita que eu sou. Porque eu também preciso crer mais em mim. 

No fim das contas a gente está sozinho. A gente sempre acaba sozinho. Não tenho que temer a solidão, tenho que ensina-la que ela não venceu se eu tenho a mim. Talvez hoje eu tenha dado o maior dos passos, tenha estendido a mão pro meu reflexo e tenha o segurado tão forte que eu não caiu. Ele ficou em pé. 

O conhecimento também mata. Agora entendo... 


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