Dos tantos porquês que temo agora
Eu tenho me sentido perdido nos meus porquês. Tenho agido impulsivamente pela busca de alguém. Tenho me perguntado se eu, de fato, estou no caminho correto. Tenho a impressão de ter deixado os sonhos numa gaveta. De aceitar que eu sou assim. Tenho medos. Medo da morte, das doenças, da solidão. Medo dos medos. Tenho investido meu tempo no que não me acrescenta nada. Tenho sido domado pelas redes sociais e me sinto cansado. Tenho afastado os que possuem interesse em mim por não me interessar por eles. Tenho a impressão de não saber cultivar as amizades, as pessoas. Tenho me sentido estagnado. Não tenho vontade de tomar ações que de fato me impulsionem. Tenho que lidar o tempo todo com muitas informações. Tenho feito muitas coisas como se não fizesse nada. Tenho me culpado pelo tempo que deveria ser ocupado para relaxar. Tenho me sentido bem ao lado de alguém que me evita. Tenho insistido no que não deveria? Tenho deixado que a carência faça com que eu me repudie. Tenho estado tão cansado. tenho medo de adoecer psicologicamente. Tenho me cobrado. Tenho me colocado em lugares que não me cabem. Tenho tido ausências. Onde estão os sonhos? Os planos? Tenho traçado planos? Tenho apenas vivido os dias? Tenho esperado demais? Ou será que só me conformei com o que possuo agora e não me vejo além disso? Tenho.. Tenho... eu tento. Mas não é só de pensar. De tentação. De ter ação. Te ter. Tem algo que eu não consigo identificar. Eu não deveria temer nada. Não há reais motivos para os meus medos, para a minha prisão escolhida. Não me sinto confortável. Me sinto acomodado, incomodado, acostumado, mal amado. Não é sobre amor próprio é sobre impulso. Não involuntário, otário. É sobre o que te limita porque crê que está velho demais. Porque enxerga possibilidades mas tem medo de todas as oportunidades. Tem medo do que pode ser e vive o que não quer. Cultiva a rotina, o cansaço, o peso, o desagradável. Porque? O tempo tem limites, mas como abraçar o tempo e seguir sem voltar atrás? Lágrimas secas, palpitação compassada, não descontrolada. Nó, não laço. E porque se prender aos laços se são tão frágeis?
" Eu tenho medo do mundo, mas com coragem de guerreiro, os homens são sentimentais, entre mil eu sou mais um. Uma chora por fora que não se escuta o choro, porque a dor da minha lágrima é a harmonia do meu coro" (Expressão Ativa).
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