O que eu aprendi com 2011

Mais um ciclo acaba de ser completado.

Um ano que passou com muitas coisas acontecendo rapidamente, muitas mudanças e situações que não foram planejadas, mas que foram vividas. Como tudo na vida, 2011 teve o seu lado bom, novos amigos, novas emoções, novos aprendizados, uma nova visão da vida.

Creio que este ano foi marcado por muito amor, muita dor, muita insegurança e, sobretudo, de muita, muita prova. De uma maneira geral e mais ampla eu pude entender que a maturidade demais nos torna infantil. Que a confusão que fazemos dentro de nós nasce da nossa própria imaginação. Que as coisas acontecem sem que nós queiramos, que as pessoas sempre escondem algo de você e você sempre descobre isso da pior maneira possível.

Que amigos vão e vêm, que não dá para conciliar tudo na vida; temos que escolher as prioridades e isso dói. Pude reafirmar que eu amo as pessoas como se elas nunca tivessem me deixado na mão, me magoado ou me iludido e o pior, que eu luto pelo meu sentimento por elas e elas, muitas vezes, nem sabem disso.

Aprendi que nem tudo que eu acho certo é correto e que nem tudo que eu faça de errado seja um erro. Que a cada passo podemos mudar todo sentido de nossa vida e confiar mais ou confiar menos, sentir saudade demais ou nem ao menos lembrar. A memória é traiçoeira.

Vivi a maior loucura de amor que eu pensei que pudesse viver, me entreguei com medo, me fiz forte por segurança. Invadi os meus limites e desisti de mim, no mesmo instante em que me acreditei.

A maior realização que podemos ter é a união, seja ela em qual parte for. Entendi que para ser feliz eu preciso entender o que é a tristeza, que para ser humilhado eu preciso entender o que é ser humilde e ainda não compreendo aquilo  que não faz parte dos meus princípios de vida, do que é ser cidadão, do que é ser responsável.

Contudo, o grande barato da vida é esse: somos seres humanos voltados ao mundo das transformações. Informações e tecnologia mudam a nossa rotina, assim são os homens, mudam de ideal e de preceitos na velocidade da luz.

Se adequar a uma nova realidade é algo difícil, mas não requer que você mude seu eu e sim suas atitudes perante ao novo. Assim o fiz, o meu eu nunca deixou de existir, talvez ele tenha si apagado em vários momentos, justamente por tentar agregar prioridades em minha vida.

Entendo que 2011 foi um ano bom, um ano gentil comigo, mesmo com as dores, mágoas, inseguranças e pessoas que eu deixei. 2011 veio me tornar infantil, pois Deus mesmo disse que para termos direito aos céus deveríamos ter o coração de uma criança, eu o tive às vezes, para poder entender o quão mesquinho e fechado eu fui e ainda sou em alguns momentos.

O meu instante na verdade é um dia, o meu dia é um mês, o meu mês é um ano e o meu ano são vivências. Assim sou eu, aparentemente aberto e alegre, mas guardo comigo os meus sentimentos e pensamentos que só eu posso resolver, sou um pouco individualista com meus anseios, meu futuro, mas certamente serei verdadeiro, mesmo que seja de uma forma não muito clara.

Este 2011 não me deixa saudade, só me faz mais forte e crente para o ano novo que se inicia a todos os dias.


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