A Perda

Ninguém nunca me disse que seria fácil aprender a lidar com as surpresas da vida,

Também não me  disseram que  o percurso poderia ser tão diferente e imaginável,

Que a história seria tão profunda e  complicada.

Fui surpreendido pela essência do amor, pelo encanto dos olhos, pela inteligência e simpatia.

Amarrado a um sentimento puro e fiel, que seria seguro e calmo, ora era turbulento e efusivo, ora era pacifico e consciente,  ora era nosso e de mais ninguém.

E agora isso, destinado aos confins do medo e da idolatria, da insegurança e  do amor, da paz e da guerra, do meu eu e de minhas ilusões.  Quem pudera imaginar que apenas 45 Km de distância pudesse gerar tantas emoções.

A distância entre eu e você, ligados a solidão, a falta de abraço, a inconsciência, perdendo o amadurecimento e encarando de frente a imaturidade. Seguidos dessa sensação de perda, que se aumenta a cada pensamento, que se completa a cada evolução.

É como se algo fosse lhe tirado e não houvesse alternativas. Elas existem, mas todas levam de mim a minha confiança, a minha segurança, e me entregam a minha imaginação e a minha percepção quanto ao que é, foi e pode ser.

O modo como poderei viver infeliz e desconte, como poderei me perder e me sentir carente, não vale apagar  todos os bons momento s que eu ainda guardo dentro de mim, mesmo que sejam profundos e que só eu tenha acesso a esse acervo de emoções, eles são meus e quero preserva-los, não vou abrir mão da minha fidelidade, do meu amor. Antes que a carência e a insegurança me visitem, eu o deixo partir.

Leve contigo todo meu amor, guarde o meu calor, o sabor dos meus lábios e o aquecer do meu corpo. Não vou viver de lembranças, mas sentirei ti dentro de mim, viverei contigo os momentos de alegria e de emoção,  não me negue a lembrança da felicidade e a esperança de um dia voltar.

Se te amar não  é fácil, quem dirá te esquecer!