Complexos da Alma


Há dias eu tenho tentado escrever alguma coisa sobre as ultimas sensações que a vida me proporcionou, mas parece que nenhuma palavra consegue transcrever tudo isso.
Parece que um rio de água fria, ou melhor, um mar de água gelado, tipo  o do oceano  que rege o Polo Norte, caiu sobre mim. Tudo que não poderia acontecer tem acontecido. O destino tem zombado da minha cara em todos os níveis.
E essa energia tem –se prolongado por aqui. Quando eu penso que as coisas estão dando certo, ajeitando-se: Pronto, um banho para me mostrar que as coisas nunca saem como queremos. 
Descobrir que você está em um lugar que não pode contar com nada e nem ninguém além de você mesmo, descobrir que todos os seres humanos do mundo podem estar interligados e que as vezes as duas pessoas  mais “maravilhosas” que encontrou pelo caminho estão juntas é desesperador. Eu admiro o fato, porque se ambos são maravilhosos, magnifico que estejam juntos, mas não são tão humanizado assim a  este ponto, não mais. É como se o destino quisesse fortalecer o meu fracasso.
Eu tenho recebido muitos: Você é ótimo, uma bela pessoa mas... Sempre vem um “MAS”.  Como se eu devesse realmente prever o que veria depois e me prevenir. Como  se eu tivesse a obrigatoriedade de saber o  que sentir naquele momento.  Mas eu não tenho. Não quero estuprar minhas emoções com tanto ardor ao ponto de definir claramente meus sentimentos, porque eu me privaria de viver outras sensações.
Quando eu encontrei você não  foi porque eu quis, aconteceu. Mais um caso típico de “aconteceu”. EU sempre fui uma pessoa ligada a situações, eu analiso tudo e todos, as vezes   falho nisso mais na maior parte do tempo meu tiro é certeiro. 
Um dia eu acordei e senti que era hora de arrumar toda essa bagunça  que a vida estava. Que era a hora de fazer como sempre fiz: mudar aquilo que não me agrada mais, que não me engrandece, que tira meu sono (e como tem tirado).  Acordei diferente, dolorido, estado emocional abalado e disse para mim: Eu não me permito estar assim.
Fui atrás do meu futuro, passos dados, solução encontrada, aspectos profissionais encaminhados. O grande problema agora é o lado sentimental. Emocional. Eu nunca soube lidar direito com isso. Mais uma vez eu quis acertar e acho que errei. Tudo bem. Decidi parar por alguns instantes.

Então a fuga continua: Muda o foco. Muda o foco. Eu odeio mudar o foco, porque ele não resolve meu problema; apenas foge dele. Minha alma é muito complexa. 

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