Ta tudo uma fogueira. E tudo depende de como você se relaciona com ela.
Primeiro você colhe os galhos, e usa para construir a fogueira. Depois você taca álcool que é para pegar fogo mais rápido, então você acende com um fósforo.
Pronto eis a chama, há os que querem brincar com o fogo e se queimam, mas há os que querem apenas ser aquecidos por ele.
O fogo queima, seu corpo aquece, seus sentimentos, sensações e sonhos são alimentados pelo calor da fogueira.  Com o passar dos tempos é necessário  acrescentar mais lenha na fogueira para que a chama continue acessa, mas mesmo assim deve-se tomar cuidado com a dose de álcool, e a forma como os galhos são colocados, se houver exageros, a chama se espalha e as fagulhas podem queima-lo, por menores que pareçam, elas ainda são parte da fogueira.
Então a gente fica cansado de  ir procurar lenha, de sempre ter que buscar a lenha,  de ter que cortar os galhos, porque o bom é quando a chama queima forte, quando ela fica em “banho Maria” a gente começa a querer colocar um agasalho e vai levando, até que a chama se apaga, o clima fica frio, parado, gelado, sem graça, sem vida, sem cor, no escuro. Mas mesmo assim a gente vê  pequenas fagulhas no chão a espera de lenha.
Uns conseguem ir buscar a lenha e reacende a chama, outros acabam preferindo algo menos trabalhoso, que pode esquentar e esfriar a hora que eles quiserem, através de um controle remoto onde nada sai além do seu próprio desejo, e assim saem da natureza para viver entre as muralhas com um ar condicionado. E a fogueira, esta fica na memória de quão louca era sua chama, tão ardente, tão sem controle, mas tão intensa. 

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