Do eu perdido em mim

Eu fiquei pensando que a vida é uma floresta e pede para gente morrer. 

Que quem nasceu hoje não soube da esperança que a gente já teve de nascer. 

Não para o agora nesta hora tão incerta de crescer e já morri. Mas no amanhã que se esconde porque tem gente alí. 

Vamos fazer o que? Esperar mais 450 mil e desistir? Vamos pra rua de mãos dadas pra gente sorrir? De mãos dadas não que até isso o universo retirou, contudo para gente nada muda a gente é mudo e invisível desde que o mundo se formou. 

Na verdade a gente é visto, não bem quisto e tampouco venerado, a gente é retirante tentando desbravar o nosso lado. De dentro para fora não, de fora para dentro tentando negar o que a gente é. 

Porque a dor que escorre nos meus olhos é só mais um quebrando o pé. Que seja boa sorte já dizia os atores que viviam ao meu lado. 

Estou aqui, trancafiado dentro de mim na espera de me libertar; 

sair correndo pro abraço de algo que um dia cansou de esperar; 

não é pecado ser vaiado pela vida que só quer me levar; 

deste mundo machucado onde eu só queria morar; 

e ser feliz ao seu lado sem remorso e mal olhado dessa gente que nos quer matar. 

Desse nó na minha garganta sai poesia desenfreada e palavras descoladas da minha mente que não sabem andar. 

Me despeço desse modo sem inicio e nem hora que agora o que demora é essa dor passar.