Ler as Entrelinhas - Um Grito de Liberdade
A gente devia aprender mais com o cotidiano da vida. Esse
lance de amar, por exemplo; não é preciso viver sofrendo a vida toda. Temos que
tentar lutar por aquilo que queremos, mas enquanto não conseguimos o que fazemos?
Já dizia Cazuza: O tempo não para; nem a vida.
Se não podemos receber o amor de quem se ama, deixe quem o
ama lhe amar. Sim, deixe. Mas seja gentil, receba e retribua conforme lhe é
dado: “Trate os outros como gostaria de ser tratado, não faça aos outros aquilo
que não quer que façam a você.”
É como ser recebido na casa de um estranho, às vezes você só
foi convidado por um amigo, nem conhece o anfitrião. Então você chega, ele lhe
recebe com um sorriso no rosto, escancara a porta da casa, pede que se sente e
fique a vontade, oferece-te algo de beber e comer e tenta fazer o máximo para
que você sinta-se bem. O que tem que fazer é deixar-se ser recebido, ser
agradecido pelo acolhimento. Mesmo que de momento pareça estranho e incomodo, se você não sair
correndo e der uma chance a si mesmo, deixando que o tempo passe, aquilo ali vai
lhe parecer familiar, com as horas o papo vai ficando bom, a tarde agradável,
até que você sentir-se realmente acolhido de verdade. Aceitar o amor de quem te
ama é só a tradução de um gesto cotidiano como conhecer pessoas, um jogo de
ação e reação.
“Sinto-me ferido por esse amor.” Ora de que serviram as
aulas de biologia? Realmente não consegue tirar lição de vida de nada? As vezes
o que te fere é o que te cura. Ser picado por uma cobra, por exemplo; a dor é
terrível e em poucas horas você pode morrer. Você conseguiria olhar para ela
depois, enquanto sente dor? O que faria? A mataria porque foi picado ? Se a
resposta foi sim, você deixaria de viver por estar contaminado não pelo veneno,
mas por ter feito uma escolha baseada em um sentimento errado. Na verdade se
você pensasse melhor veria que mesmo com dor, poderia olhar novamente aquele
animal peçonhento e perceber que é do
seu veneno que nasce o antídoto. O que lhe mata, também lhe salva. A escolha é
sua.
Será mesmo que temos que errar para aprender? “Ora claro que
sim, temos que viver e a vida ensina só a experiência trás maturidade.”
Sinceramente tenho pena dos que assim pensam.
A lógica formal ensina também a observar os outros; prefiro aprender com
os erros deles a ter que errar. Se eu sei que se uma pessoa tomar veneno ela
morre, porque alguém assim o fez, para que tomarei? Para ter “experiência de vida?”
Deveríamos aprender mais com a vida, ter a capacidade de
compreensão de comparação dela. Ler as entrelinhas é uma tarefa árdua, nem
todos conseguirão, basta ouvir os que conseguem fazer isso por nós. Se algo não
aconteceu, não se frustre é o: “livrai-nos de todo mal”, “o que é seu encontra
uma maneira de chegar até você”.
Ler as entrelinhas é uma tarefa árdua, mas eu consegui ler o seguinte: você levou uma picadura de cobra e no começo sentiu uma dor horrível, entretanto depois sentiu um prazer que te levou a loucura. Kkkkkkkkk...brincadeira!
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